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Mineirão prevê retrocesso de quatro anos e impacto em 50 eventos além de jogos

Mineirão prevê retrocesso de quatro anos e impacto em 50 eventos além de jogos

Estádio injetou R$ 741 milhões na economia mineira com jogos e eventos no ano passado; pandemia de coronavírus trará grande prejuízo à cadeia do entretenimento, assim como em toda a economia

O Mineirão assumiu, nos últimos anos, a condição de principal casa de entretenimento de Belo Horizonte. Reaberto em 2013 após reforma e administrado pela iniciativa privada, o estádio teve, em 2019, seu recorde anual de eventos, com 261 atrações e mais de 40 jogos de futebol. A pandemia do novo coronavírus, assim como em toda a economia, causará enorme prejuízos ao Gigante, com reflexos em toda a cadeia do segmento.

“O Mineirão deve retroceder cerca de quatro anos, em termos de faturamento comercial. O estádio cresceu 25% ano a ano, vamos voltar à metade do que a gente é hoje. Entendemos que o maior impacto não é no Mineirão, mas na economia de Belo Horizonte. O que o Mineirão devolve para a economia por ano é mais do que custou a reforma do estádio”, ressalta o diretor comercial da Minas Arena, Samuel Lloyd.

A reforma do estádio custou quase R$ 700 milhões. Estudos preliminares encomendados pela empresa ao Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostram que o Mineirão injetou R$ 741 milhões na economia mineira com jogos e eventos no ano passado. Segundo o levantamento, para cada R$ 1 despendido nas dependências do Mineirão com ingressos, alimentos, bebidas e estacionamento, R$ 3,26 foram gastos fora dele, com valores que incluem transporte, hotelaria, entre outros. O impacto direto na economia de outros segmentos ainda não foi calculado.

A perspectiva de eventos para os próximos meses é pessimista. “Acreditamos que a economia volte de forma gradual. Não achamos que, acabando a quarentena, vamos poder fazer um evento para 60 mil pessoas. Devemos começar com jogos sem torcida, evitando grandes multidões. O Mineirão foi construído para aglutinar um monte de gente, curtir e ser feliz junto. Essa será a última parte a voltar. Devemos ter um grande dano para economia de eventos até meados do próximo semestre”, projeta Lloyd.

O Mineirão já calcula que a pandemia causará um impacto direto em 50 eventos no estádio nos próximos meses, fora as partidas de futebol. Esses eventos somariam um público aproximado de 1 milhão de pessoas. Só de festivais, o Gigante tinha 20 anotados na agenda. Alguns já foram remarcados, com o Villa Mix, que aconteceria no último sábado e passou para agosto, por enquanto. O show do Metallica, que aconteceria no dia 27 de abril, foi remarcado para 20 de dezembro.

Grande jogos e shows que utilizam o gramado do estádio chegam a envolver 3.000 pessoas na produção, entre seguranças, brigadistas, profissionais de limpeza, bares, restaurantes e promotores de eventos de forma geral. O quadro fixo da Minas Arena tem cerca de cem pessoas, que seguem em suas funções.

Repasse do governo

O Mineirão é uma Parceria Público-Privada (PPP). O contrato de PPP do estádio, assinado em 2010, obriga o Estado a aportar valores mensais como forma de ressarcimento pelo investimento da empresa na reforma do espaço para a Copa do Mundo. As cifras, que giram em torno de R$ 8 milhões por mês, estão em dia. Esse mesmo contrato também prevê descontos no valor do repasse quando a gestora não atinge resultados financeiros positivos.

“A nossa dificuldade é o índice de desempenho, que é extremamente exigente. Ele exige uma margem operacional de 45%, eu preciso faturar muito mais do que o custo e, com o estádio fechado, não tem como faturar mais. O que foi possível fazer foi a renegociação de quase todos os nossos contratos”, explica Lloyd.

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